sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Últimas Notícias: Sexta Feira, dia 07/08/2015


Maior parte dos brasileiros sabe pouco sobre ciências, diz pesquisa


A pesquisa Indicador de Letramento Científico (ILC), divulgada hoje (6) pelo Instituto Abramundo, revelou que a maior parte dos brasileiros sabe pouco sobre ciências. De acordo com o resultado da consulta, 79% têm conhecimentos científicos básicos, mas não são capazes de usá-los para entender plenamente a realidade que os cerca. O teste envolveu questões com situações cotidianas, como ler e interpretar uma bula de remédio, entender a importância de um pneu de carro não estar careca e conseguir explicar os efeitos do uso de antibióticos.
Os resultados finais do ILC foram apresentados na Reunião Ordinária Itinerante do Conselho Nacional de Educação (CNE). O ILC avaliou 2.002 pessoas de 15 a 40 anos, com, no mínimo, quatro anos de estudos. Elas responderam a 36 itens, entre fáceis e difíceis, sobre a aplicação da ciência no dia a dia e em situações mais complexas.
Para o presidente do Instituto Abramundo, Ricardo Uzal, o resultado em ciências no Brasil está aquém do de outros países, com impactos no desenvolvimento econômico do país e na falta de crescimento por aumento de produtividade.
Educação básica
Para Usal, o resultado mostra também problemas na estrutura educacional, principalmente da educação básica, que trata as ciências de forma marginalizada. "O governo e a iniciativa privada são responsáveis pela busca de soluções para a educação em ciências", acrescentou o presidente da Abramundo.
Com base nas respostas, os participantes foram divididos em quatro níveis. No primeiro, o mais baixo, estão 16%, que são capazes de localizar apenas informações em textos simples, em situações
cotidianas. No extremo oposto, nível 4, estão 5% considerados eficientes. São pessoas que dominam conceitos e termos científicos e são capazes de aplicá-los em situações simples e complexas.
A maior parte dos participantes está no segundo nível (48%) e no terceiro (31%), considerados, respectivamente, letramento rudimentar e letramento científico básico.
Os participantes têm desde o 5º ano do ensino fundamental até o superior completo. Os resultados mostram que há deficiências também entre aqueles com nível educacional mais alto, que correspondem a 23% da amostra. Entre esses, 11% atingiram o nível mais alto de letramento, 48% estão no nível 3,37% no 2 e 4%, no nível mais baixo.
Interesse
Apesar do baixo desempenho, a pesquisa mostra que os brasileiros se interessam pelo conhecimento científico. Dos entrevistados, 72% concordaram, total ou parcialmente, que a ciência ajuda a
compreender o mundo; 62% disseram se informar sobre as novidades no campo da ciência e tecnologia. Metade afirmou se informar por meio de jornais impressos ou internet.
Em relação ao trabalho, 68% concordam, total ou parcialmente, que quem tem formação na área científica tem boas oportunidades de trabalho. 
O ILC é uma iniciativa inédita do Instituto Abramundo, em parceira com o Instituto Paulo Montenegro, do Ibope, e a organização não governamental (ONG) Ação Educativa. A base da avaliação foi o Indicador de Alfabetismo Funcional, realizado pelo Ibope e o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

As entrevistas foram feitas no Distrito Federal e em 211 municípios das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Fortaleza, Salvador, Curitiba e Belém.
Prova Brasil
Em 2013, questões de ciências foram incluídas na Prova Brasil, aplicada a cada dois anos. A prova de ciências foi aplicada de forma amostral a alunos do 9º ano. Um grupo de alunos do 3º ano também fez a
prova de ciências em 2013, na Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb).
Esses resultados não foram utilizados no cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que considera as provas de português e matemática.
*A repórter viajou a convite do CNE

 
Edição: Armando Cardoso Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil*

Câmara aprova contas de Lula, Itamar e Fernando Henrique


Os deputados federais aprovaram hoje (6) as contas dos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.
A Comissão Mista de Orçamento já tinha dado parecer favorável à aprovação das contas de Lula (2006 e 2008), Itamar Franco (1992) e Fernando Henrique Cardoso (2002). Os pareceres aguardavam decisão do plenário da Câmara.
Nas contas do ex-presidente Itamar Franco, o parecer já tinha sido apreciado pelos senadores. Com a aprovação dos deputados, falta apenas ser promulgada pelo Congresso.
O Tribunal de Contas da União (TCU) fez ressalvas às contas de 2006 e 2008, da gestão de Lula. No caso de 2006, foram houve 27 questionamentos, como o descumprimento de metas previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).  O tribunal também fez ressalvas às contas de Fernando Henrique Cardoso, como superavaliação de restos a pagar e não inclusão de déficit e juros devidos pelo Banco Central no valor de R$ 18,2 bilhões. Essas contas serão apreciadas pelos senadores, em decorrência das ressalvas.
As contas dos ex-presidentes entraram na pauta de votação da Câmara, em turno único, depois de um acordo feito entre o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e os líderes partidários.
O TCU está apreciando as contas do governo de Dilma Rousseff em 2014. O tribunal adiou o julgamento e abriu prazo para o governo dar explicações sobre indícios de descumprimento das leis de Responsabilidade Fiscal e Orçamentária Anual, entre eles o atraso de repasses para a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, referentes a despesas com programas sociais do governo. No final de julho, o governo apresentou documento com explicações aos questionamentos do TCU.

Edição: Carolina Pimentel Carolina Gonçalves - Repórter da Agência Brasil

Presidente da Petrobras está satisfeito com balanço e ressalta transparência


O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, e o diretor financeiro e de relações com investidores, Ivan Monteiro, durante divulgação do balanço contábil do segundo trimestre de 2015 (Tomaz Silva/Agência Brasil)
O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine (à esquerda), ao lado do diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Ivan Monteiro, destacou a transparência do balançoTomaz Silva/Agência Brasil
























O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, disse que ficou muito satisfeito com os resultados alcançados pela companhia no segundo trimestre deste ano, quando teve lucro líquido de R$ 531 milhões, em especial com o resultado operacional, que ocorreu dentro da política de transparência que a empresa vem desenvolvendo e a busca da previsibilidade no tratamento do seu planejamento tributário.
Ele destacou que foram feitos alguns lançamentos no balanço do segundo trimestre, que refletiram diretamente no resultado líquido da empresa. No primeiro semestre de 2015, a empresa registrou lucro líquido de R$ 5,9 bilhões, o que equivale a 43% de queda em relação ao mesmo período do ano anterior. Já de abril a junho, o lucro líquido de R$ 531 milhões representou queda de 90% na comparação ao mesmo trimestre de 2014.
Bendine explicou que um dos fatores não recorrentes que afetaram o resultado líquido foi a baixa contábil. Ele disse que a Petrobras tinha uma ação em curso relativa a pagamentos de IOF entre os anos 2007 e 2010. Ao todo, eram quatro processos e o de 2008 foi julgado. Segundo o presidente, não havia provisão para o julgamento e, diante da vantagem que a companhia conseguiria ao assumir esse pagamento, a opção foi pagar o tributo. “Entendemos que a tese que defendíamos era frágil para dar uma continuidade nesse processo por via judicial. Conseguimos então um bom desconto. O valor dessa ação era de R$ 3,3 bilhões e conseguimos reduzir para R$ 1,6 bilhão, sendo que parte pagamos por caixa e o restante por compensação de prejuízo fiscal”, disse.
Quanto às outras três ações em curso, semelhantes a que já foi julgada, o presidente esclareceu que, dentro da prática de conservadorismo e planejamento tributário que está sendo seguida da empresa para resolver todo o passivo tributário e para que tenha uma previsibilidade maior no futuro, foi lançado no resultado uma provisão de R$ 2,6 bilhões.
O gerente executivo de desempenho empresarial, Mário Jorge da Silva, destacou o resultado de fluxo de caixa livre de R$ 4,5 bilhões no primeiro semestre de 2015, enquanto no período anterior tinha sido negativo em R$15,8 bilhões. “A geração operacional da companhia foi maior do que os seus investimentos no período, o que é uma variável importante para uma companhia que está buscando desalavancagem e recuperação nos seus indicadores de endividamento”, completou.
Mário Jorge da Silva informou ainda que a companhia confirma a meta de produção de petróleo para este ano em quase 2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed). No primeiro semestre, a produção no Brasil e no exterior teve média diária de aproximadamente 2,8 millhões boed, o que significou alta de 9% em relação a igual período do ano passado. Na camada do pré-sal, em junho, a Petrobras registrou recorde mensal de produção de petróleo de 747 mil barris/dia.
Mário Jorge revelou que a companhia projeta para 2015 o equivalente a US$ 28 bilhões em investimentos. Desse total, já foram investidos US$ 12 bilhões. Já nos desinvestimentos, a empresa definiu o total para o ano de US$ 3 bilhões. Até agora a contribuição ao caixa atingiu US$ 0,2 bilhão. Com relação às captações, a Petrobras trabalha com o volume de US$ 12 bilhões. “Já realizamos US$ 10,6 bilhões de captação até o momento, objetivando fechar o ano de 2015 com um saldo em caixa de US$ 20 bilhões”, contou.
A diretora de Exploração e Produção, Solange Guedes, informou que a Petrobras vai participar da 13ª rodada dos blocos exploratórios da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombuatíveis (ANP), mas vai levar em consideração, de forma bastante séria, a situação da empresa.  “A estratégia será de avaliar as oportunidades”, comentou, acrescentando que a companhia ainda está em fase de análise do edital.

 
Edição: Jorge Wamburg Cristina Indio do Brasil - Repórter Agência Brasil

Programa do PT no rádio e na TV destaca legado do partido


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Em Brasília, militantes assistiram ao programa do partido num telão em frente  à Torre de Televisão, ponto turístico da cidadeValter Campanato/Agência Brasil
O Partido dos Trabalhadores veiculou hoje (6), no rádio e  na televisão, um programa em que assumiu os desafios e os problemas do país, ao mesmo tempo em que enumerou as conquistas sociais. O partido rememorou políticas que o governo federal adotou nos últimos anos para amenizar as dificuldades financeiras. O Programa de Investimentos em Logística, a terceira etapa do Minha Casa, Minha Vida e o Programa de Proteção ao Emprego são citados como projetos que o governo vem implementando atualmente.
Além disso, foram lembrados investimentos em programas sociais e políticas de desonerações para amenizar os efeitos da crise econômica internacional. Com Dilma, afirmou o locutor do programa, o Brasil teve melhorias em áreas como a exportação, salário, no campo e no combate à pobreza e ao desmatamento.
A presidenta Dilma Rousseff disse que está com o “ouvido e coração” abertos para “os que mais precisam” e que o país vai superar o atual momento.
Primeiro integrante do partido a aparecer no programa, o presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que as dificuldades estão em “toda parte”, em referência a outros países que também enfrentam dificuldades na economia.
“Uma coisa é cobrar e criticar o governo. Outra, bem diferente, é tentar desestabilizar um governo eleito democraticamente", afirmou. "Aos que não se conformam, pedimos juízo, pois o povo saberá defender grande conquista de todos brasileiros: nossa nova e vibrante democracia", destacou ele.
Dilma relembrou que a população passou a exigir mais direitos e que, diante desse cenário, nenhum governante pode se acomodar. “Quem pensa que nos faltam energia e ideias para vencer os problemas está enganado. Sei suportar pressões e até injustiças.”
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre a crise. “Sei que a situação não está fácil e que a crise já chegou em nossas casas. Também sei que essa não é a pior crise que enfrentamos. Nosso pior momento ainda é melhor para o trabalhador que o melhor momento dos governos passados”, afirmou.
Em frente à Torre de Televisão, ponto turístico de Brasília, militantes do PT assistiram ao programa num telão e soltaram fogos de artifício durante a transmissão e promoveram cinco minutos de foguetório após o fim do programa. Os maiores aplausos ocorreram nas aparições do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma Rousseff. Os militantes também bateram palmas no trecho do programa que citou os panelaços, dizendo que o povo não passa fome.
Na capital federal, houve panelaço durante a exibição do programa em bairros como Asa Norte, Asa Sul e Sudoeste. Em São Paulo, motoristas promoveram buzinaço e moradores piscaram as luzes e bateram panelas nas janelas dos apartamentos em bairros como Jardins, Bela Vista e na Avenida Paulista. No Rio de Janeiro, o panelaço programado pelas redes sociais ocorreu em bairros como Flamengo, Botafogo, Laranjeiras, Copacabana, Lagoa, Ipanema e Leblon.

Da Agência Brasil  Edição: Armando Cardoso

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